terça-feira, 27 de agosto de 2013

Dispositivos auxiliares de marcha (DAM) – Como, qual e quando começar a usar?

Com certeza você já viu ou até conhece pessoas que necessitam usar bengalas, muletas ou andadores. Existe muito preconceito em relação ao uso destes objetos pois muitos acreditam que não precisam ou desprezam seu uso até mesmo por questões estéticas. No post de hoje vamos mostrar que o uso correto e adequado desses dispositivos pode ajudar e muito na qualidade de vida para aqueles com dificuldade de locomoção, seja por dor, fraqueza muscular ou até mesmo tontura.

A cada ano um terço da população idosa sofre algum tipo de queda. A repercussão entre os idosos é grande e a queda é uma das principais causas de internações hospitalares para realização de cirurgias (fraturas de ossos como o fêmur) e da perda de funcionalidade (com necessidade eventual de institucionalização). As consequências das quedas podem ser catastróficas. Dentro deste contexto muitas dúvidas existem com relação aos DAM: Qual é o modelo mais recomendado? Quando começar a usar? Qual o uso correto desses dispositivos?

O uso dos DAM melhoram a independência funcional, a mobilidade, o equilíbrio e contribui muito na prevenção de queda.

Muitos pacientes são resistentes ao uso ou não o fazem de forma correta e utilizam modelos inadequados ou danificados. Tendo em vista todas essas dificuldades é importante uma boa avaliação com profissional capacitado para a escolha do dispositivo ideal para cada indivíduo. A avaliação deve considerar força muscular, resistência, equilíbrio, qualidade da marcha, função cognitiva, dor e demandas ambientais.

A escolha do modelo deve considerar a necessidade de cada paciente e a sua condição financeira. As principais indicações do uso dos DAM são: problemas de equilíbrio, dor, fadiga, fraqueza, instabilidade articular, carga esquelética excessiva, necessidade de reabilitação ou por motivos estéticos.

Os modelos são divididos em três categorias principais:

Bengalas: sua principal função é aumentar a base de apoio e melhorar o equilíbrio, seu uso correto deve ser feito com a mão oposta ao membro afetado para diminuir a sobrecarga na musculatura do quadril, diminuir a compressão das articulações e favorecer o paciente em situações como subir e descer escadas.


Muletas: são úteis para pacientes que necessitam usar seus membros superiores para sustentação de peso e propulsão, em geral são usadas bilateralmente.


Andador: melhorar o equilíbrio dando maior estabilidade anterior e lateral e suporte do peso, proporcionando uma maior sensação de segurança às pessoas que apresentam medo de cair ao andar.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Doença de Alzheimer e sua Prevenção

Recentemente fui questionado por um amigo com história familiar positiva para doença de Alzheimer (dois avós e um tio avô) sobre quais as medidas que ele poderia tomar para se prevenir de desenvolver a doença. Esta dúvida foi gerada por uma sugestão de um médico amigo da família que afirmou já existirem medicações que podem ser utilizadas para este fim.

Minha resposta imagino não ter sido aquela que ele esperava mas a verdade é que anda não temos disponíveis medicações para este fim. Porém, respondi que existem conhecimentos médicos suficientes para afirmar que o estímulo ao estudo, leitura, atividade física regular e cuidados com o controle da pressão arterial, diabetes e colesterol são a melhor forma conhecida para se prevenir das demências em geral, especialmente a tão temida Doença de Alzheimer.

Reforçando este conceito, foi publicado pelo Lancet, excelente periódico médico, pesquisas que mostram queda de até 25% da incidência de Doença de Alzheimer nas últimas duas décadas em uma população maior de 65 anos na Inglaterra e País de Gales. Estudo semelhante conduzido na Dinamarca confirma a tendência de que alta escolaridade e hábitos de vida saudáveis são uma arma contra o desenvolvimento da doença.

Esta tendência mostrada nestes países desenvolvidos desmentem a idéia de que toda geração tem o mesmo risco de desenvolver a doença. Com o envelhecimento populacional acredita-se que a populacão mundial portadora da doença poderia duplicar em 30 anos.

Apesar de ser cedo para chegarmos a alguma conclusão com relação ao assunto, estes estudos mostram um bom caminho a ser trilhado pelas pessoas em busca de boa saúde física e mental.