quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Alimentação Saudável


A busca por uma alimentação saudável é um importante desafio que os profissionais de saúde enfrentam para melhoria na qualidade de vida do idoso. 
Algumas alterações no organismo do idoso dificultam uma boa alimentação e ao mesmo tempo justificam as necessidades especiais e o cuidado que devemos ter com a qualidade da dieta.
Como exemplo podemos citar a diminuição da densidade óssea que ocorre com o envelhecimento. Esta exige uma adequada ingesta de alimentos ricos em cálcio como o leite e seus derivados. A sarcopenia que é a perda de massa muscular deve ser compensada com a ingesta adequada de proteínas naqueles que não tem contra-indicação, além da realização de atividade física supervisionada. A redução na produção da saliva dificulta a digestão e a diminuição do paladar, olfato e visão comprometem o prazer proveniente da dieta. Os mecanismos de sede estão alterados e o idoso tende a sentir menos necessidade de ingesta hídrica. A obstipação, que ocorre devido a diminuição de atividade física e ingesta líquida, aumentam a sensação de saciedade e provocam diminuição do apetite. Existe, dessa forma, um risco maior de se desenvolver desnutrição e anemias carências. Entre elas, a anemia ferropriva por carência de ingesta adequada de ferro (presente em carnes vermelhas, feijão, lentilha e verduras escuras como o espinafre e brócolis) é a principal.

Por esses motivos temos algumas dicas que podem ajudar a melhorar a sua dieta e consequentemente a sua qualidade de vida:
  • Fazer 5 a 6 refeições por dia. Mesmo que você coma menos em cada uma delas. É importante comer a cada 2 ou 3 horas.
  • Incluir 6 porções do grupo de cereais na alimentação diária, preferindo os cereais integrais.
  • Coma diariamente pelo menos 3 porções de legumes e verduras e 3 porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches.
  • Coma feijão e arroz todos os dias, se possível.
  • Consuma diariamente 3 porções de leite e derivados e 1 porção de carnes ou aves ou peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e as peles das aves antes de realizar o preparo é essencial para limitarmos a ingesta de gordura.
  • Evite refrigerantes, sucos industrializados, bolos, biscoitos recheados, sobremesas doces e outras guloseimas. Coma-os, no máximo 2 vezes por semana. Eles são ricos em açúcar e gorduras.
  • Diminua a quantidade de sal na comida, e retire o saleiro da mesa.
  • Beba pelo menos 2 litros ( 6 a 8 copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições.
  • Pratique atividade física, evite bebida alcoólica e fumo.


Se você possui alguma dúvida contacte seu médico ou nutricionista. Essas sugestões não levam em consideração doenças específicas por isso não deixe de conversar com um profissional qualificado.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Dispositivos auxiliares de marcha (DAM) – Como, qual e quando começar a usar?

Com certeza você já viu ou até conhece pessoas que necessitam usar bengalas, muletas ou andadores. Existe muito preconceito em relação ao uso destes objetos pois muitos acreditam que não precisam ou desprezam seu uso até mesmo por questões estéticas. No post de hoje vamos mostrar que o uso correto e adequado desses dispositivos pode ajudar e muito na qualidade de vida para aqueles com dificuldade de locomoção, seja por dor, fraqueza muscular ou até mesmo tontura.

A cada ano um terço da população idosa sofre algum tipo de queda. A repercussão entre os idosos é grande e a queda é uma das principais causas de internações hospitalares para realização de cirurgias (fraturas de ossos como o fêmur) e da perda de funcionalidade (com necessidade eventual de institucionalização). As consequências das quedas podem ser catastróficas. Dentro deste contexto muitas dúvidas existem com relação aos DAM: Qual é o modelo mais recomendado? Quando começar a usar? Qual o uso correto desses dispositivos?

O uso dos DAM melhoram a independência funcional, a mobilidade, o equilíbrio e contribui muito na prevenção de queda.

Muitos pacientes são resistentes ao uso ou não o fazem de forma correta e utilizam modelos inadequados ou danificados. Tendo em vista todas essas dificuldades é importante uma boa avaliação com profissional capacitado para a escolha do dispositivo ideal para cada indivíduo. A avaliação deve considerar força muscular, resistência, equilíbrio, qualidade da marcha, função cognitiva, dor e demandas ambientais.

A escolha do modelo deve considerar a necessidade de cada paciente e a sua condição financeira. As principais indicações do uso dos DAM são: problemas de equilíbrio, dor, fadiga, fraqueza, instabilidade articular, carga esquelética excessiva, necessidade de reabilitação ou por motivos estéticos.

Os modelos são divididos em três categorias principais:

Bengalas: sua principal função é aumentar a base de apoio e melhorar o equilíbrio, seu uso correto deve ser feito com a mão oposta ao membro afetado para diminuir a sobrecarga na musculatura do quadril, diminuir a compressão das articulações e favorecer o paciente em situações como subir e descer escadas.


Muletas: são úteis para pacientes que necessitam usar seus membros superiores para sustentação de peso e propulsão, em geral são usadas bilateralmente.


Andador: melhorar o equilíbrio dando maior estabilidade anterior e lateral e suporte do peso, proporcionando uma maior sensação de segurança às pessoas que apresentam medo de cair ao andar.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Doença de Alzheimer e sua Prevenção

Recentemente fui questionado por um amigo com história familiar positiva para doença de Alzheimer (dois avós e um tio avô) sobre quais as medidas que ele poderia tomar para se prevenir de desenvolver a doença. Esta dúvida foi gerada por uma sugestão de um médico amigo da família que afirmou já existirem medicações que podem ser utilizadas para este fim.

Minha resposta imagino não ter sido aquela que ele esperava mas a verdade é que anda não temos disponíveis medicações para este fim. Porém, respondi que existem conhecimentos médicos suficientes para afirmar que o estímulo ao estudo, leitura, atividade física regular e cuidados com o controle da pressão arterial, diabetes e colesterol são a melhor forma conhecida para se prevenir das demências em geral, especialmente a tão temida Doença de Alzheimer.

Reforçando este conceito, foi publicado pelo Lancet, excelente periódico médico, pesquisas que mostram queda de até 25% da incidência de Doença de Alzheimer nas últimas duas décadas em uma população maior de 65 anos na Inglaterra e País de Gales. Estudo semelhante conduzido na Dinamarca confirma a tendência de que alta escolaridade e hábitos de vida saudáveis são uma arma contra o desenvolvimento da doença.

Esta tendência mostrada nestes países desenvolvidos desmentem a idéia de que toda geração tem o mesmo risco de desenvolver a doença. Com o envelhecimento populacional acredita-se que a populacão mundial portadora da doença poderia duplicar em 30 anos.

Apesar de ser cedo para chegarmos a alguma conclusão com relação ao assunto, estes estudos mostram um bom caminho a ser trilhado pelas pessoas em busca de boa saúde física e mental.


domingo, 2 de junho de 2013

Mal de Alzheimer - O Cuidador




Com o aumento da população idosa ocorre o crescimento das doenças crônico-degenerativas, como a doença de Alzheimer (DA). A DA é caracterizada por um declínio progressivo nas áreas de cognição, função e comportamento e corresponde, atualmente, a forma mais comum de demência, sendo a grande causa de comprometimento cognitivo e comportamental no envelhecimento. Existem cerca de 35 milhões de casos no mundo, e sua prevalência vem aumentando de forma significativa - é uma das doenças que mais tem desafiado a medicina nos últimos anos. Com base na expectativa de vida que aumenta em países em desenvolvimento, estima-se que, no mundo, em 2050, 22% da população seja composta por idosos. No Brasil, conforme estimativas para 2020, a expectativa de vida ultrapassará os setenta e cinco anos, chegando a 15% da população. Nesse contexto, o Brasil será o sexto país no mundo com pessoas idosas, aumentando a possibilidade de doenças crônico-degenerativas. Embora a doença seja progressiva e incurável, muito já se avançou em beneficio e melhoria da qualidade de vida dos portadores e cuidadores.

A D.A. é uma doença neurológica, degenerativa, lenta e progressiva, deteriorando a memória breve, que costuma manifestar após os 50 anos. O paciente que por ela é atingido, apresenta uma crescente dificuldade em memorizar, decidir, agir e alimentar-se, até atingir o estado vegetativo. A fase avançada e terminal da D.A. são caracterizados como fase das perdas significativas, diminui-se vocabulário, apetite e peso, e aparecem descontroles urinários e fecais e dependência progressiva do cuidador. 

Entende-se que a doença é tida como uma doença do envelhecer, fator e risco para o desenvolvimento. Mas não são raros os casos pré-senis em pessoas a partir de 30 anos. Apesar de não curar ou reverter à doença, determinados medicamentos auxiliam no bem-estar, minimizando problemas, como agitações, insônia e depressão. 

À medida que a doença progride surge a demanda por cuidados especiais, função importante desempenhada pelos cuidadores. O cuidador é quem dá suporte físico e psicológico, fornecendo ajuda prática, se necessário. O cuidador é definido como o principal responsável por prover ou coordenar os recursos requeridos pelo paciente. 

Há situações nas quais a família não tem condições de cuidar do paciente e recorre à ajuda de uma pessoa, profissional ou não, que será remunerada para exercer o papel. Nesse contexto entram em cena os cuidadores formais. O enfermeiro é o profissional mais requisitado nos 10 a 15 anos de progressão da doença, orientando a adaptação dos cuidados a progressiva dependência do idoso. 

O esquecimento requer do enfermeiro habilidades e competências no cuidar em reabilitação cognitiva, sejam orientando o familiar de como potencializar a cognição do idoso em domicilio, ou em oficinas de memória, jogos, cuidados pessoais, da palavra, do jornal ou do corpo, o enfermeiro também desenvolve suas habilidades do cuidado com o corpo biológico, tanto diretamente como em orientações. 

As funções de orientar e educar são as principais formas de desempenhar seu papel junto aos familiares. A orientação e o cuidar são atos de extrema importância, quando se trata de uma doença em que o paciente tem dificuldade em agir em seu próprio beneficio, tais ações voltam-se também para a família ou cuidadores. O conhecimento, habilidade de manejo, atitudes autenticas, empatia, paciência, tolerância, entre outras características, devem constituir o perfil do profissional que vai atuar nos ramos da gerontogeriatria. A capacidade de superar dificuldades e preconceitos, desenvolvendo habilidades especiais para lidar com o paciente portador Alzheimer e sua família se torna fundamental. 

A experiência de cuidar é também percebida como uma doação que envolve não só um sentimento de dever profissional e humano, mas também como responsabilidade em fazer o melhor possível pelos idosos. Assim, a responsabilidade, o esforço, a doação fazem parte da vida desses cuidadores que mesmo com tantas dificuldades tem o conforto de saber que estão oferecendo uma velhice digna a esses idosos, com cuidados que vai além do tecnicismo, um cuidado que envolve atenção, bom humor, bom relacionamento, segurança e carinho. Quem cuida também precisa de acompanhamento, solidariedade de outros que também cuidam, que vivenciam a mesma problemática. Favorecendo para que eles elaborem mecanismos e estratégias que venham fortalecê-los para o seu enfrentamento a melhor adaptação a essa realidade. 

Texto extraído de sites de artigos científicos.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Doenças Crônico-Degenerativas




Já se foi o tempo em que as doenças que mais matavam eram as infecciosas. Nesta longínqua época não tínhamos antibióticos ou vacinas e o saneamento básico ainda era precário. Com o advento dessas novidades, as pessoas passaram a aumentar sua expectativa de vida, a não morrer mais por doenças infecciosas e conseqüentemente envelheceram.

O Envelhecimento trouxe o aparecimento ou o aumento da prevalência das doenças crônico-degenerativas. Estas compartilham uma característica interessante: nos seus estágios iniciais, que pode durar de poucos meses até muitos anos, são em grande parte assintomáticas. Se não há sintomas, não há busca por auxilio médico e se não é feito o diagnóstico, ficamos susceptíveis às suas complicações. Estamos falando do diabetes, hipertensão arterial, dislipidemia (colesterol ou triglicérides alto), doença arterial coronariana, doenças cerebrovasculares, doenças pulmonares crônicas, câncer, insuficiência cardíaca ou renal, osteoporose, doenças da tireóide, entre outras.

Portanto, a única forma de controlarmos esta grande epidemia é estimularmos as consultas médicas periódicas e através delas instituirmos as ações necessárias para que as complicações das doenças crônicas fiquem restritas apenas aos livros médicos.

Vamos fazer nossa parte!!!